segunda-feira, 22 de março de 2010

São Paulo querida...

É notório o caso de amor e ódio que muitos vivem com esta cidade. Na maioria das vezes se assemelha à relação que estabelecemos com nossos irmãos, pais, amigos: Se eu falo mal, tudo bem, afinal, é uma critica de quem passa todo o tempo lidando com seus melindres. Agora, se outros criticam... sai da frente!! Baixa no terreiro o "bandeirante", o orgulho paulista, a egolatria da "locomotiva da nação", se colocando com o mais valoroso brasileiro diante da malandragem carioca e dos sulista, aqueles "argentinos que falam português".

Tantos absurdos, pasmem, não foram inventados de última hora. Já ouvi todos, e pelo menos algumas vezes cada um. Isso se agrava ainda mais quando falamos dos paulistanos. Acho que existe uma "fleuma" típica dos paulistanos nativos (claro, com inúmeras exceções)que aparece mesmo quando estão longe dos seus. No interior eu logo sabia que aquele aluno transferido (boa gente, mas meio mala) era de Sampa. Acho que criei alguma intolerância com o paulista típico. Será que é por isso que a maioria dos meus amigos é do interior ou de outros estados?

Enfim, amar Sampa é uma tarefa difícil. Apaixonar-se por ela não. Com tantas opções, eventos e perspectivas, ela te atrai logo de cara. Talvez manter este relacionamento que seja realmente um desafio, pois exige sacrifício (um ar puro, algumas horas perdidas no transito, a sensação de segurança). algumas pessoas desistem e se mudam para águas mais calmas. Outras vivem achincalhando a cidade, mas de fato admitem que não tem coragem de abandonar essa cidade.... esse é o amor por Sampa! Mesmo entre uma briguinha ou outra!!


Agora, o argumento que diz: "os incomodados que se mudem" nunca poderiam se aplicar. Afinal, se todos forem embora, quem vai zelar por estas terras? Porque, mesmo com esse amor desconfiado, quem sabe São Paulo ainda tenha algum concerto e esta grande dama cinza volte a ser sedutora em todos os aspectos. É esperar, e trabalhar, pra ver...

Um comentário:

  1. Uma coisa: me impressiono com a incapacidade de paulistanos de se adaptarem a rotina "pacata" do interior. Eu adoro a cidade, tem muita gente boa, cultura por todos os lados mas... o estereotipo de paulistano é do típico yanke versão tupiniquim qu edesocnhece o que dista 100km de raio da praça da Sè. PArabéns pelo texto rapaiz! abraço!

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Expressão com bom senso